sábado, 3 de julho de 2010

A Sua Seleção

É tempo de pensar em seleção. Mas não só nas de futebol, que vem decepcionando fãs mundo afora. Que tal pensar na seleção da sua vida? Quem você convocou durante esses anos todos pra fazer parte dela? Quantos craques você deixou de fora por motivos que até hoje nem você mesmo entende? A quem foi dada a oportunidade de balançar seu coração, de compartilhar com você os momentos mais importantes? Quem foi convocado como titular dos seus pensamentos e acabou decepcionando antes do apito final? Em quem você depositou esperanças, confiou cegamente, pra ser surpreendida com um cartão vermelho aos 45 do segundo tempo? Quantas vezes você escalou amigos que não corresponderam, namorados que te fizeram sentir derrotada e cansada de tanto correr sem chegar a lugar algum? Nunca é tarde pra colocar a mão na consciência e, tal como o Dunga deveria fazer, se perguntar: onde foi que eu errei?


É muito mais fácil não saber perder e jogar a culpa no cara que era um galinha e não te dava valor, no outro que nunca prestou atenção em você ou dizer que a vida nunca te deu a chance de ser feliz como você merecia. Mas até quando? Você pode ter mais quatro anos pra sonhar com um titulo de campeão, mas talvez seja tempo demais pra perder com escolhas erradas. Assim como no futebol, acertar não é fácil. Muitas vezes deixamos de escolher quem parece melhor aos olhos de todos e optamos por outro que é pura ilusão. Afinal, qual o estilo de jogo que você quer pra sua vida? Cadenciado, livre, aberto, ou enlouquecido, pressionado, tenso?

Sair vitoriosa sempre é questão de pura sorte. É preciso ter muita frieza para prever o resultado final antes de fazermos nossas escolhas. Agir por impulso é humano, inevitável. Burrice é saber que aqueles onze em campo nunca vão conseguir transformar o futebol em vitória e, cabeça dura, continuar apostando neles sem dar ouvidos a mais ninguém. Duro é ter nas mãos a opção do caminho certo mas ser teimosa e insistir no erro. Se, no esporte mais amado do mundo, sempre teremos mais quatro anos pra tentar outra vez, na vida não há segunda chance: se você desperdiçar um gol feito pode se arrepender pra sempre.

4 comentários:

  1. Claro que antes de ser o que comemos (ou não), somos o que escolhemos. Contra a natureza não dá para ir... é como lutar contra a corrente.

    Ruim mesmo é se arrepender daquilo que os nossos melhores instintos nos impelem e dizemos não.

    Quem sabe você não fosse linda, não aparecesse na TV, talvez tivesse menos escolhas a fazer. Seria melhor? Não.

    Bem, você tem muito mais do que quadriênios, para se encontrar!!

    Abraço grande!

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  2. ah mas na vida há uma segunda chance sim! ela vem de outras formas... é só entrar em sintonia! :) bjsss lívia

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  3. Que lindo, Karin! Parabéns! Ótima idéia, nunca pensei na possibilidade dessa comparação. Adorei!
    Bjs!!!

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  4. É a tal história do cavalo selado que não passa duas vezes. Temos que montar ou deixar ele passar cavalgando... Adorei!!! Fiquei mais pensativa ainda. Beijos e Parabéns!!

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